O Jornal "Correio da Vitória", transcrevendo documentos oficiais, historicamente confirma a participação de 300 Escravos na Revolta do Queimado. Alguns historiadores citam um total de 200, mas o correto é mesmo 300. Ofício do Presidente da Província do Espírito Santo, Antônio Joaquim de Siqueira, com data de 20 de março de 1849, encaminhado à Corte no Rio de Janeiro, confirma tal informação:
"Ontem pelas três horas da tarde, soube que um grupo armado de trinta e tantos Escravos perpetrara o crime de Insurreição no Distrito do Queimado, três léguas distantes desta Capital (Vitória), invadindo a Matriz na ocasião em que se celebrava a missa conventual, e levantando os gritos de "Viva a Liberdade" e "Queremos Alforria." Este grupo seguiu depois a direção do Engenho Fundão, de Paulo Coutinho Mascarenhas, e obrigou-o a entregar-lhe os seus Escravos e passar-lhes Carta de Liberdade, as armas e munições que possuía. O mesmo fizeram em outros Engenhos de maneira que conseguiu elevar o seu número a cerca de Trezentos. (...) Escusado é narrar a Vossa Excelência o susto e o terror de que se acham apoderados os habitantes desta Capital e lugares circunvizinhos."
Trezentos Escravos se rebelaram na mais sangrenta revolta do Estado do Espírito Santo, onde cerca de 20 negros foram mortos ou feridos, perseguidos como animais por Capitães do Mato, ajudados por voluntários da região. A busca foi cruel e selvagem e feita por impiedosos "batedores do mato" (como eram chamados os Capitães do Mato).
Jornal " Correio da Vitória " relatando o acontecido em Queimado |
REFERÊNCIAS :
Texto : http://www.clerioborges.com.br/revolta.html
Imagem :http://arquivisticaufes.blogspot.com.br/2014/03/insurreicao-de-queimado.html
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